A mulher moderna vive num mundo de cobranças. Em novembro fiz aniversário. Já terminei a faculdade e a especialização, fui ali para um mestrado e, não, ainda não tive filhos. Muitas questões me cercam. E se não der pra fazer tudo o que sonho? Caminhar na praia num dia de semana, colocar meu grande projeto de vida em prática, escrever meu livro sentada na varanda de casa, depois de mais um dia na redação, ter tempo para cuidar bem dos meus lírios amarelos pendurados na janela. Ah, sim, faltam os filhos.
Parei um tempo pra pensar nisso tudo e fui ensaiar a vida. Coloquei em prática um desejo antigo: liguei para uma amiga da faculdade, a Priscila, uma fotógrafa excelente, e marquei meu horário. Conversamos, e ela teve paciência com as duas sacolas imensas de roupas e acessórios, a cor do esmalte, o tom e a vibração dos cabelos feitos de cachos, as duas cores de batom. Minha prima Marina fez o cabelo e a make. E lá fui eu…”fazer carão”!
Fiz um book da minha atual versão e amei o resultado! Já vi relatos de mulheres que fazem fotos aos 15 anos, outras aos 30, 40, durante a gravidez, bodas de casamento. Gosto de fotos. Acho que eternizam.
Hoje não sou tão magra como há cinco anos, mas me senti bonita, e mais que isso, identifiquei na mulher que sou, minha essência. As fotos retratam a versão que criei nos últimos tempos. De felicidade boba, liberdade concreta e conquistas sinceras.
Fizemos um trato: nada de Photoshop! Nada contra quem use, mas eu queria mesmo era os detalhes e as linhas de expressão. Me despi do dia a dia e fui brincar de ser somente. Rimos muito. Cada gesto pensado ou clicado sem aviso, a foto tirada na janela do trem olhando a vida passar lá fora. Foi um ensaio ao meu modo, roupas que gosto, o colar de pérolas da minha mãe, a lingerie preta, sapato furta cor e o de laço (o meu preferido). Fotos no lago, a ponte JK ao fundo, e a natureza para fechar a cena. Ah, como foi prazeroso ver as fotos com minha mãe. Rir das minhas irmãs (sou a filha do meio), que me viram como mulher, mostrar para as amigas e nelas despertar o desejo de fazer também. Ainda tem meu pai que vai ver algumas fotos e já imagino a sua cara!
Foi um bom presente de aniversário que me dei, desses com significado e cheiro de felicidade. Me senti única, bonita e leve para continuar. Pelos próximos 27 anos, guardarei com boa lembrança esse meu tempo de juventude que vai passando de mansinho sobre esse espaço onde faço a tentativa de todas nós: ser mulher de verdade, todo dia.
Ensaie você por um momento, clique o seu melhor! Ria de si mesma, presentei quem você ama. E tenha um momento para olhar o resultado sozinha, com uma música de fundo e sua bebida preferida. Vale vinho e um brinde!
Sheila Souza
Sou jornalista brasiliense, tenho 27 anos, sou cristã, muito questionadora e amo liberdade. Acredito que toda mudança vem para o bem.
Um presente único que estará sempre vivo nas lembranças e fotografias! 📷✨💜 Toda mulher deveria passar por essa experiência!
Site – Priscila Ayres Fotografias
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Ótimo texto! Neste relato senti minha história, sendo contada… A felicidade é busca incansável de estar e fazer o bem! Parabéns!
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Oi Carla, que bom que gostou! Também descobri isso, a felicidade está nas pequenas coisas do dia a dia.
Um abraço!
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Sheila,
que legal!
A gente tem mesmo que se dar uns presentes de vez em quando, ne?
Muitas Marias sempre aberto aos seus artigos, viu?
Bj
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Melhor q isso so se eu batesse minha cara numa arvore !
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