A biografia é um dos meus gêneros literários favoritos. Aprendo muito com a leitura que relata a vida de alguém, seus desafios, e as circunstâncias que forjaram seu caráter e moldaram suas decisões de vida.
Nessas férias, terminei a leitura da vida de Joseph Fadelle, um jovem muçulmano que se encanta com a vida de Jesus Cristo a partir da leitura, por acaso e às escondidas, de trechos de uma Bíblia que pertencia a um companheiro de internato durante o serviço militar iraquiano.
O plano que o autor tinha, de convencer o colega de caserna a se converter ao islã, se transforma em um estudo profundo sobre o cristianismo e a fé católica, que o leva à sua conversão e uma busca obstinada pelo batismo, para receber o “pão da vida”.
O autor enfrenta sua família, de sobrenome tradicional e respeitado no Iraque, e percorre uma jornada de fugas e perseguições sucessivas juntamente com a mulher e seus dois filhos pequenos.
À medida que a leitura flui, consegue-se perceber que nada foi coincidência na vida desta família, que encontrou apoio em alguns poucos religiosos com pequenas atitudes marcantes e fundamentais para o desenrolar da leitura de O Preço a Pagar por me tornar Cristão.
Em alguns momentos do texto, fiquei refletindo como a liberdade religiosa é um direito importante. No Brasil, é algo tão corriqueiro e ao nosso alcance que chega a parecer absurdos alguns acontecimentos que o autor e sua família tiveram que passar, simplesmente porque decidiram buscar outra religião que não o islã.
A leitura das 310 páginas é rápida e a narrativa, envolvente. Impressiona saber que ainda hoje o autor e sua família são ameaçados de morte e recebem proteção policial no país onde vivem atualmente. Que país é esse e toda a trajetória repleta de dificuldades desta família estão ao seu alcance graças à Editora Paulinas, que publicou o livro em português.
E você, já parou para pensar que preço você paga diariamente para ser quem você é?
Clique aqui e saiba mais sobre “O preço a pagar por me tornar cristão” :
Ainda temos um longo caminho a percorrer sendo que homossexuais são perseguidos no nosso país em pleno ano de 2019 e ainda existe muita violência e desrespeito às religiões africanas no Brasil. O brasileiro, infelizmente, é muito mais conservador, de direita e atrasado do que pensa que é… mas é. Veja o resultado da nossa ultima eleição.
Mas nós chegaremos lá! Temos muitas conquistas importantes para um país tão jovem e tão novo. Abraço e sucesso pra vocês Marias! ❤
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Realmente, podemos não ser perseguidos no Brasil por sermos cristãos, mas pessoas que seguem religião de matizes africanas sofrem não apenas preconceito, mas violência (basta ver o que os traficantes de drogas que se dizem evangélicos fazem com essas pessoas nos morros do Rio). E ainda somos o país que mais mata homossexuais no mundo. Muitos ainda não podem ter a liberdade de ser quem são. Lendo esse livro, espero que muitas pessoas entendam o que essas pessoas sofrem no Brasil e que isso não tem nada a ver com mimimi. Mais empatia nesse mundo e menos julgamento. Pelo menos isso é ao meu ver ser cristão..
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Este livro é mesmo impactante. Até Deus nos deu liberdade de escolha, é uma pena que até hoje pessoas são perseguidas e mortas por praticar este direito dado pelo criador. Ótima leitura, que nos leva a profundas reflexões!
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